Efemérides vimaranenses: 20 de Janeiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1374 — Foi provido pelo Cabido, neste dia, na dignidade de Chantre de Guimarães, que estava vaga por óbito de D. Vicente Domingues, João Lourenço, abade da Teixeira, o qual, pelo D. Prior Gonçalo Vasques, foi julgado indigno desta dignidade, apresentando nela o cónego Gonçalo Raymondo ou Reymonde, mas aquele João Lourenço obteve em seu favor sentença apostólica, e, em virtude dela, foi-lhe passado em Roma mandado de capienda possessione.
1644 — Os fregueses de S. João das Caldas, na nota de António Nogueira do Canto, fazem obrigação de dar o azeite necessário para a lâmpada do SS. Sacramento que desejavam ter permanente na sua igreja, para o que hipotecaram uma herdade que possuíam há mais de 100 anos no lugar da Casa Nova de fronte do casal das Portelinhas que lhes haviam deixado para a freguesia umas mulheres chamadas as Boas Donas com obrigação de certas por suas almas.
1776 — Provisão régia concedendo aos administradores do albergue da rua Sapateira a extinção da obrigação de duas missas semanais rezadas na sua capela; uma cantada em dia de Nossa Senhora das Neves e outra rezada em dia de S. Miguel; 6 rezadas no convento de S. Domingos e duas rezadas no convento de S. Francisco, por os bens legados não chegarem para o seu cumprimento.
1811 — Os mestres examinados do ofício de sapateiro, conforme o costume, reúnem-se na sua capela do Anjo e fazem eleição de novos juízes e escrivão, a cujo acto os juízes e escrivão que estavam servindo não compareceram e foi preciso obrigá-los judicialmente a fazerem entrega do Império.
1824 — Na capela de S. Crispim, concluída a eleição dos juízes dos ofícios de sapateiro, deliberam: "como nós eleitos mestres examinados deste ofício nos achamos juntos neste acto pelo muito que nos desgosta o mau comportamento de alguns mestres menos prudentes que quase todos os anos acontece interromper este acto de eleição com desordens e tomas e averiguações sem respeito à capela e imagens que nela se veneram, motivos porque determinamos que de hoje em diante esta nossa eleição seja feita neste mesmo dia vinte de Janeiro de cada um ano mas será feita pelas nove horas da manhã e não mais tarde como até aqui se fazia.
1844 — "Indo a passar a Ronda de S. Sebastião, que a Câmara e Cabido desta vila costuma fazer pelo Cano, tomaram medo uns bois que estavam com um carro e fizeram virar o carro por cima do lavrador que os tinha seguros pela soga, ficando o mesmo lavrador muito mal tratado." P. L.
1845 — O Vigário de Azurém, padre Francisco (da Bornaria) José Vieira, deixou no arquivo paroquial um livro, com notas, em que diz que neste dia 20 foi feito (acabado) o torreão do sino das irmandades do Rosário e das Almas (é o da frente da igreja); também diz: o turíbulo e naveta de prata lhe foi entregue e disse-lhe Francisco da Costa, da Quintã, que seu pai, Paulo da Costa, os guardara no tempo da invasão francesa, e parecia ser de Nossa Senhora do Rosário, em que ele nesse tempo era mesário, e parece que tesoureiro.
1858 — Faleceu Manuel José Fernandes da Silva, "O Cidade" pai, negociante de bezerros na rua Nova do Muro.
1863 — 3ª Feira - De tarde, andando dois rapazes, José Francisco de Almeida "O Patacão" e um criado de António (Roda) Mendes Ribeiro, a jogar o pau na rua de Couros, para se divertirem, este caiu vítima duma pancada que aquele lhe deu na testa, e momentos depois expirou.
1864 — Festa e procissão de S. Sebastião. A procissão, entrando, na forma do costume, na igreja de S. Domingos não foi recebida pelo capelão, o que foi muito estranhado.
1883 — Sábado. Tendo falecido D. Margarida Fortunata Veloso da Silveira, da casa dos Pombais, o filho Francisco António da Silveira, mandou vir de Braga um carro funerário que para lá transportasse o cadáver a fim de ser sepultado. Quando o carro chegou, ele Francisco António pagou o frete, despediu-o e mandou alugar o da ordem terceira de S. Francisco desta cidade, no qual fez conduzir o cadáver para aquela cidade, acompanhado noutros carros pelo o pároco e por outras pessoas. Quando à noite o carro chegava com o cadáver às proximidades de Braga, saiu-lhe ao encontro uma multidão de homens armados de paus e de outros instrumentos, intimando violentamente aos que o acompanhavam o cadáver, surgiu um sério e vergonhoso conflito, em que se distribuíram algumas pancadas, e em que, sem respeito aos restos mortais, a gente de Braga agarrou violentamente no cadáver, e, apesar dos protestos dos que tinham recebido da família a comissão para o acompanhar, transferiu-o para o outro carro, e seguiu com ele para Braga, onde entrou ufana do seu feito.
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