Efemérides vimaranenses: 18 de Janeiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1529 — Duas provisões de El-rei D. João III, passadas em Lisboa, uma confirmando a de El-rei D. João I, dada em Braga a 20 de Novembro de 1387, porque a vila de Guimarães não era obrigada a dar ao alcaide-mor homens para velar o castelo, mandando que ele o vele e rolde, como foi sempre uso e costume, e outra, confirmando a do mesmo rei, D. João I, também dada em Braga em 23 de Novembro de 1387, mandando que os carniceiros, padeiras, servidores de soldada, e peixeiros, quando houverem de ser presos o sejam na Pertiga e não no castelo.

1725 — Nesta data está registada por extracto, na Câmara, uma sentença da Relação do Porto, de agravo, a favor dos frades de S. Francisco, de que era síndico Manuel de Castro e Freitas, para se lhe darem 2 lombos de boi cada semana à terça-feira e ao sábado, que os almotacés Dr. João Gonçalves Pereira e Jerónimo Bravo Pereira lhe questionaram.

1755 — Provisão régia concedendo por esmola aos frades capuchos de Guimarães licença de poder abrir, procurar e conduzir para o aqueduto antigo, a água necessária para a sustentação e gastos do seu convento, na estrada publica que vai da vila pela Arcela para a Cruz da Argola, por ter cessado totalmente a que se conduzia por aquedutos para ele, com declaração que o uso da estrada esteja sempre para o povo e, quando par o futuro haja algum prejuízo nela, fará o síndico dos ditos frades obrigação de a restituir à sua custa pondo a estrada livre e desembaraçada a todo o tempo que por causa da água disto necessitar para a passagem e servidão do povo.

1842 — Morreu nesta vila um homem chamado Plácido, que era pai de uma rapariga que falava com o Dr. Lima. Na porta da igreja da Misericórdia apareceu pela manhã um escrito de missas gerais pela alma dele, que lhe mandava dizer sua filha D. Josefa de Lima Peixoto, o qual escrito foi o motivo de se falar muito em toda a vila, aparecendo borrado o Dom, assim como riscado o Lima Peixoto. Foi depositado e sepultado no dia seguinte na capela dos Terceiro Dominicos. P. L.

1862 — O Arcebispo de Braga remete ao seu arcipreste no julgado eclesiástico de Guimarães, a cópia de duas portarias que mandavam confeccionar inventários dos bens das colegiadas que ainda não estivessem aplicados para manutenção dos seminários, a fim de ele dar conhecimento delas ao Cabido de Guimarães e faze-las cumprir no tocante à nossa Colegiada, nomeando a ele arcipreste para presidir à factura de tal inventário. O D. Prior e Cabido protestaram e não obedeceram, por o arcebispo nomear para lhes presidir a actos meramente capitulares pessoa estranha à corporação.

1864 — À uma hora da tarde, uma cavalgadura de carga, presa a uma parede no terreiro de S. Francisco, deu um couce num rapaz que dela se aproximou; este morreu.

1872 — Foi serrada a Oliveira, na altura de metro e meio de tronco, que estava no octógono na praça de N. Sra. da Oliveira. – Foi ontem 17 -

1872 — Foi nomeado cavaleiro do hábito de Cristo, o vimaranense André Avelino Lopes Guimarães, negociante na cidade do Porto, filho de António Lopes "O Cuecas", caseiro da quinta do Campo, junta ao convento das Capuchas.

1879 — Decreto aprovando os segundos estatutos da Associação Artística Vimaranense, fundada em 10 de Novembro de 1869.

1886 — Em Braga houve comício contra a nossa pretensão de "União ao distrito do Porto".

1890 — Reuniu a Associação Artística par protestar contra o procedimento da Inglaterra para com Portugal.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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