Efemérides vimaranenses: 13 de Janeiro
João Franco
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1603 — Está registada na Câmara a Lei sobre a clausura dos mosteiros de religiosas.
1666 — Foi resolvido, em vereação, ir em corpo de câmara desforçar o povo retirando a tapagem que no Muro do Toural fizera Francisco Monteiro, tecelão, morador na rua da Arrochela, isto a requerimento dos Mesteres.
1748 — Diversos moradores da rua Nova do Muro reúnem-se na casa em que na mesma rua morava Cosme Leite Peixoto, tabelião do Geral, e fazem procuração exarada na nota do tabelião João Ribeiro, em que dão poderes aos licenciados Domingos Lopes Ribeiro, Manuel Teixeira, Agostinho Leite Ferreira, João Pereira de Carvalho e Luís Mendes, todos desta vila; aos licenciados Bartolomeu Moreira do Couto, Manuel Fernandes Nunes, Manuel Pereira Valente e aos solicitadores Francisco Loureiro Cerqueira, Tomás de Freitas e silva e Manuel Gonçalves da Silva, para defenderem uma causa que pretendiam ter sobre as medições dos muros, de que era executor o doutor Provedor da Comarca.
1758 — Os pedreiros Miguel Pereira, do lugar da Torre, e Manuel de Freitas do lugar do Prendal, ambos da freguesia de S. Romão de Arões, arremataram por 220$000 réis a obra de levantamento da capela-mor da igreja de S. Domingos, feita aos frades dominicos, de que era Prior o padre frei Bento do Rosário.
1779 — Em vereação foi informado favoravelmente a S. Majestade um requerimento para o aforamento do muro na rua de Val-de-Donas correspondente às casas de António José da Costa.
1819 — Provisão régia concedendo o título de real e os respectivos privilégios à fábrica de curtumes de sola e bezerros, de Joaquim José Peixoto, estabelecida em Guimarães.
1828 — O corregedor António Joaquim de Carvalho mandou cortar o pinheiro que os constitucionais haviam levantado no Toural no dia 28 de Dezembro último para festejarem a vinda do infante D. Miguel ao reino, por ordem que teve do Ministro da Justiça, José Freire de Andrade, apesar dele mesmo só tomar posse da vara no dia 21. O corte deste pinheiro fez com que de noite os constitucionais mandassem Plantar em roda do tronco muitos pinheirinhos, os quais logo de manhã eram arrancados e assim continuou esta brincadeira acintosa, plantando e arrancando até o dia 4 de Maio deste ano em que vários realistas, munidos de enxadas e picaretas, arrancaram o tronco levando-o em seguida de rastos em grandes apupadas. Depois de tudo isto ainda continuaram a aparecer os tais pinheirinhos por mais algum tempo, não obstante serem cortados logo que apareciam. Uma brincadeira com que o público muito se divertia.
1829 — É preso no Porto José de Sousa Bandeira, sogro do distinto advogado vimaranense Dr. Adelino da Silva Guimarães. Era redactor do Azemel Vimaranense, periódico que se publicava nesta vila, onde também era escrivão do Geral, em substituição de seu pai, que para esse cargo tinha sido nomeado pelo príncipe regente em 1808. Bandeira filho acompanhou o exército liberal para a Galiza, em 1828, para evitar a perseguição dos absolutistas, pelos quais era mal visto, em razão da guerra declarada que nos seus escritos fazia à obra da reacção. A ele se deveu que fosse Guimarães uma das últimas terras do reino que reconheceram D. Miguel, pois que a sua admirável firmeza e assídua vigilância contrastavam todos os manejos reaccionários. Voltando ao reino, impelido pelas saudades da pátria e dos seus, homiziou-se no Porto, onde neste dia foi descoberto e preso.
1832 — Indo de madrugada para a novena de S. Sebastião, o Padre Dionísio José Gonçalves, encomendado da freguesia de S. Sebastião, deram-lhe uma grande maçada ao correio o (Torre Velha), da qual ficou bem mal tratado. P. L.
1886 — O nosso querido deputado João Franco Castelo Branco apresentou na Câmara Electiva o projecto de lei desanexando o concelho de Guimarães do distrito de Braga e anexando-o ao Porto.
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