Efemérides vimaranenses: 5 de Agosto

Frontespício da Colegiada de Guimarães

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1459 — Braz Afonso, escrivão da puridade do Arcebispo de Braga, vem, por ordem do mesmo, à Colegiada para visitar e inventariar o tesouro; o D. Prior Afonso Gomes de Lemos, não consentiu em tal e ordenou ao tesoureiro-mor lhe não abrisse as portas do mesmo.

1735 — Provisão prorrogando por mais 10 anos o alvará concedido para a imposição de um ceitil em cada quartilho de vinho atabernado, em o azeite, carne e pescado, aplicado para a criação dos enjeitados, concerto dos canos da água e para a Misericórdia, atendendo aos excessivos gastos que com tudo se fazia e às poucas rendas que havia.

1831 — Chega preso o grande salteador João do Calvário, que já tinha feito umas poucas de mortes e já tinha sido degredado por toda a vida. PL. - Do registo da cadeia consta chamar-se João António de Freitas "O Calvário", alfaiate, de 48 anos, da freguesia de Golães, e que foi conduzido para a Relação do Porto em 20 deste mês e ano.

1847 — São retiradas do esconderijo em que, desde 12 de Fevereiro deste ano, estavam e colocados nos respectivos lugares, as peças de ouro e a maior parte das de prata pertencentes ao tesouro de Nossa Senhora da Oliveira.

1872 — Aprovação dos primeiros estatutos da Associação de Socorros Mútuos Vimaranense. Foi inaugurada em 25 deste mesmo mês e ano, e em assembleia geral de 12 de Junho de 1892 foi deliberada a sua extinção, por falta de receita para equilibrar com a sua grande despesa.

1885 — Às 4 e meia da tarde, sai S. Sebastião da sua igreja em procissão de penitência e S. Roque da Serra, por causa do flagelo da cólera. Antes da saída pregou, em púlpito volante, no adro, o padre de Romariz, tendo pouco antes de principiar caído o toldo, sob o qual estava o púlpito, ficando uma senhora ferida no frontal e outra em uma mão, atribuindo-se este incidente, segundo uns, uma pedra que estava em cima do toldo, segundo outros, a uma telha que caiu do telhado. Foi acompanhada por umas 6 mil pessoas, em que tomou parte o coronel e oficialidade de infantaria nº 20.

1886 — Sai o 1º número do "17 de Julho", jornal bi-semanal e órgão do partido progressista local. Às segundas e quintas-feiras, publicou 76 números e terminou a 5-V- 1887.

1888 — Saiu o 1º número de " A Parvónia", folha avulsa de Arte e Crítica, saiu o último nº a 9-X-1909; era do estudante João Monteiro de Meira.

1903 — Das 5 às 7 horas da tarde faz-se inspecção à luz eléctrica.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.