Efemérides vimaranenses: 9 de Julho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1605 — Em vereação foi acordado que as pessoas que cozessem pão, o não fizessem de 16 réis, nem alvo, nem broa, e achando-se assim, iria para os presos da cadeia, e que o pão fosse de 18 réis e tivesse
1775 — O mestre carpinteiro Pedro Antunes de Araújo, da Madroa, obriga-se por escritura a fazer toda a obra de carpintaria da igreja da Misericórdia por 390$000 réis, excepto as tampas das sepulturas que em 24 deste mês e ano também se obrigou fazer a 1$200 réis as grandes e a 800 réis as pequenas.
1834 — Saem dos conventos de Guimarães e largam os hábitos todos os frades, sendo para isto intimados pelo corregedor desta comarca.
1837 — Saiu em procissão da capela dos 3ºs de S. Francisco desta vila a milagrosa imagem de S. Roque da Serra, levando o rei David e outras figuras que cantavam e dançavam. Depois de passar por todos os terreiros e ruas da vila, recolheu-se na igreja da Senhora da Madre de Deus (por nesta tarde não ter tempo de ir para a sua ermida em consequência da procissão se ter demorado na vila por causa das danças, que por fim foi uma desordem, para não dizer uma borracheira) donde foi para a sua ermida, na tarde do dia seguinte, acompanhado por muito povo. Esta milagrosa imagem tinha vindo da sua ermida para a capela dos terceiros Franciscanos, quando grassou nesta vila a epidemia chamada gripe, que foi pelos fins do Inverno e primavera deste ano. Neste mesmo ia houve uma grande festa do Senhor da Agonia na Rua de Mata Diabos, tendo vários passos, sermão de tarde, e à noite fogo do ar, uma máquina e uma banda de música, etc. PL
1838 — Pelas 4 horas da manhã reuniu o batalhão de infantaria n.º 18, no seu quartel, nesta vila, e depois de se fazer conselho aos soldados que foram cabeças de motim na revolta que fez uma grande parte do batalhão no dia 7 deste mês, e que estavam presos, foram chibatados 1 cabo e 6 soldados no Olival que fica defronte dos quartéis, levando tantas cada um deles, que vieram quase todos em macas para o hospital e foram logo confessados e sacramentados. Depois de castigados estes 6, veio ser castigado no terreiro da Misericórdia um tambor que no mesmo terreiro tinha comandado uma companhia quando ali estavam os soldados revoltados. PL
1840 — A secretaria da administração geral do distrito e Braga deu a relação dos indivíduos de Guimarães que podiam ser elegíveis para senadores, na conformidade da lei, a saber : Barão de Vila Pouca, Barão do Almargem, Nicolau de Arrochela Malheiro, João Baptista Felgueiras, D. Manuel Noronha e Portugal, Francisco Martins da Costa, Domingos Cardoso de Macedo, Manuel de Freitas do Amaral, João de Melo Pereira de Sampaio, Rodrigo Lobo de Sousa Machado e Coutos, António do Couto Ribeiro, José Martins da Costa, António de Nápoles Vaz Vieira de Melo Alvim e José Coelho Guedes.
1865 — Fazem-se eleições de deputados; pelos círculos 19 e 20, de Guimarães foram eleitos : pelo círculo 19, José Barbosa da Costa Lemos(governo) com 702 votos, contra Casimiro de Castro Neves (miguelista) que teve 304; pelo círculo 20, António Alves Carneiro ( governo) com 611 votos, contra o Visconde de Pindela que teve 260.
1871 — Domingo. - Foi eleito o deputado proposto pela oposição regeneradora. Alguns entusiastas mandaram queimar fogo ao meio da tarde, quando souberam ter vencido o partido regenerador; o administrador do concelho, dr. Francisco Pedro Felgueiras, mandou imediatamente um seu oficial a local onde se queimava o fogo, com ordem de o proibir; o fogo cessou e foi procurado o administrador por pessoas competentes para se lavrar o devido auto de responsabilidade, não aparecendo para tal o administrador, sendo-lhe reconhecido o seu propósito, continuou a lançar-se ao ar tanta quantidade de fogo e com tanta velocidade como nunca eu tinha presenciado; eis que a requisição do dito administrador, talvez com ordem telegráfica do governador civil, dr. José Barbosa da Costa Lemos, veio logo para o local onde se lançava o fogo, que era no muro da hoje Rua de Paio Galvão quem desce para a praça do mercado (que então ainda ela estava em construção) toda a força militar existente em quartéis, e aí esteve em espectáculo por algumas horas, pois com a chegada dela cessara o fogo que houvera o cuidado de o botar todo antes que ela aí chegasse. Nas Taipas os influentes dessa assembleia também toda a noite, manifestaram o seu regozijo, vindo de lá bastante gente com uma banda de música que chegou às 11 horas da noite a esta cidade, onde também tocou desde o meio da tarde a música do Lucino pelas ruas da cidade. J. L de F. ( À margem está escrito : João Baptista Sampaio, negociante no Toural, e administrador substituto mandou lavrar um auto contra o fogueteiro, por não ter licença administrativa para queimar os foguetes).
1882 — Domingo.- Pelas 10 horas da manhã saiu para Braga a força do 8, que aqui estava há poucos dias, e indo fora de forma deram, em Caneiros vivas ao povo de Braga e morras ao povo de Guimarães !!! Os oficiais deram providências mandando-os continuar a marcha em forma.
1912 — Prenderam, por conspirador, o Russo, da Rua de Couros.
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