Efemérides vimaranenses: 13 de Julho
O Duque de Saldanha
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1535 — Provisão, dada em Braga, a requerimento dos procuradores de Guimarães nas cortes de Évora, concedendo que os oficiais mecânicos tenham em Guimarães um talho no açougue separado para eles para lhes ser fornecida a carne. Por provisão de 25 de Maio de 1632 ao corregedor foi mandado a fizesse observar.
1647 — Carta de El-rei a António Peixoto de Miranda, superintendente dos cavalos na comarca de Guimarães, escrita em Alcântara, para que junto com a Câmara se informem dos sítios que no distrito houver capazes de poderem andar neles os potros de 2 anos por diante comendo, a pastorear e dos lugares mais próprios para estrebarias onde se possam recolher tendo 3 anos, mas que seja em lugar que haja cevada para seu sustento.
1682 — O Dr. Jerónimo Vaz Vieira, instituidor da Casa e Morgado do Toural, presta juramento para o cargo de deputado do Santo Ofício de Lisboa. Também foi depois cónego tesoureiro-mor da Colegiada de Guimarães.
1771 — A Câmara nomeou porteiros os marchantes "que estavam ociosos e andavam pelas tabernas causando distúrbios".
1842 — Compra a irmandade da Misericórdia por 1:6000$000 réis, em hasta pública, o Convento e dependências dos Capuchos para seu hospital.
1847 — Pelas 8 horas da manhã entrou nesta vila o Duque de Saldanha e mais o seu estado maior (era composto de mais de 30 oficiais e figuros). Adiante vinham 2 cavalarias, como vedetas, mais atrás vinha uma grande escolta de cavalaria, comandada por um oficial, e logo se seguia o Duque e o seu estado maior, e no fim alguns lanceiros e um esquadrão de cavalaria nº 4, vindo logo atrás uma grande bagagem. As janelas, das ruas por onde passou, estavam endamascadas e, quando chegou ao Toural, deram-se muitos foguetes, tocando repiques em todas as torres da vila. No seu numerosíssimo estado maior vinha o marechal de campo Mesquita e o brigadeiro Barão de Saavedra. O Duque foi aboletado para a Casa do Arco e os oficiais do estado maior foram aboletados pelas casas dos fidalgos da vila, assim como o general Mesquita para a Casa do Toural, Barão de Saavedra, Coelhos, etc. O Duque apresentou ideias de moderação e de ordem, fazendo com que o juiz de direito Bernardo Leite (patuleia) continuasse a funcionar o que causou grande desgosto ao parido Cartista, por ver que este juiz de direito se tinha feito muito patuleia e que continuava a servir como juiz de direito. Também mandou conhecer dos distúrbios que fizeram os oficiais aboletados para o Proposto, quando aqui chegou o batalhão de caçadores nº 1. O Duque foi cumprimentado por todas as autoridades, corporações e cavalheiros da vila. À noite houve iluminação geral na vila, repiques de sino e muitos foguetes do ar. PL
1876 — A companhia do Teatro Baquet, do Porto, representou, no nosso de D. Afonso Henriques, em récita extraordinária, "Os Lazaristas". Teve pequena concorrência e poucos aplausos.
1879 — Na noite deste dia, representando aqui parte de uma companhia dramática portuense, estreou-se, no teatro D. Afonso Henriques, um pano novo de boca. Foi pintado pelo cenógrafo do Porto, Lima, e representava a parte alta da cidade, destacando-se ao fundo o Castelo e Paços dos Duques de Bragança. O que se inutilizou, e que foi o primeiro deste teatro, tinha sido pintado pelo retratista Nunes e representava o Campo da Feira e Penha.
1904 — A direcção da Associação Comercial representa a El-rei pedindo para que o caminho de ferro de Braga passasse na povoação das Taipas e, por norte, alcançasse Guimarães na mais curta trajectória formando estação para o movimento de passageiros e marcadorias em local próximo do centro desta cidade, e seguindo depois a entroncamento da Trofa a Guimarães e Guimarães a Fafe.
1912 — De manhã apareceu à porta do talho da "Periquita", na Misericórdia, muito sangue!!! Mistério.
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