Efemérides: 18 de Março

Padre António José Ferreira Caldas. Retrato de Casimiro de Carvalho

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1748 — “Pedro Pedro Sem” (sic) cavaleiro professo do hábito de Cristo e nobre cidadão dos da Governança da cidade do Porto, comprou por seu procurador e por escritura na nota de Manuel Pereira da Silva, a propriedade de Grilé em São Torquato por 5 mil cruzados.

1782 — Provisão régia concedendo à Irmandade de S. Pedro, que já tinha a sua capela no Toural, onde funcionava, a qual era sem regularidade nem arquitectura, por modo de barraca de madeira entre casas suas, tendo apenas 20 palmos de largura e 80 de comprimento, para que pudesse ampliar e fazer a sua igreja, reduzindo a melhor e mais decente forma no terreno da mesma irmandade.

1837 — “Neste dia e nos seguintes grassou muito nesta vila uma moléstia epidémica a que alguns chamavam “gripe” (“catarro epidémico”), porém era tão benigna na maior parte dos doentes que eram atacados dela que com um pequeno socorro de medicina (sinapismos e chás de erva terrestre e avenca) achavam melhoras. Na Inglaterra e na França fez a tal moléstia chamada “gripe” bastantes estragos, morrendo dela nos 1os. dias em que principiou a grassar naqueles países bastante gente”. P. L.

1839 — É declarada sem efeito a portaria de 12 de Novembro de 1838 que concedeu o sino maior do convento dos Capuchos à Junta de Paróquia de São Cristóvão de Selho, e ora é concedido à mesma um dos sinos menores da Costa. - Adm. do Concº, maço de correpondª. -

1863 — Carta régia aprovando os Estatutos da Assembleia Vimaranense, que tinha por fim proporcionar aos associados uma diversão decorosa e civilizadora por meio da convivência quotidiana, leitura, jogo lícito, bailes ou simples reuniões de famílias.

1870 — Sexta-feira – O padre António José Ferreira Caldas Júnior faz a sua estreia no púlpito vimaranense com a conferência quaresmal na igreja de N. Sra. da Consolação e Santos Passos.

1887 — Na Assembleia Vimaranense, às 5 horas da tarde, reúne a comissão encarregada de representar ao Governo sobre a Colegiada, deliberou pedir manutenção da Colegiada enquanto as outras, nas mesmas circunstâncias, existissem, depois, conservação do culto, de todas as alfaias e monumentos históricos e a criação de algumas cadeiras de instrução.

1900 — Neste dia e no seguinte, tendo sido previamente anunciado, foi exposto ao público o tesouro ou museu e os melhores paramentos da Colegiada, na casa capitular, foi tal a concorrência de visitantes que, no segundo dia, tendo quebrado 1 vidro das vitrinas, ad cautelam foi evacuada a sala do museu antes da hora anunciada. Esta exposição ao público foi de iniciativa minha, com autorização do cónego Alberto da Silva Vasconcelos, encarregado do cartório, arquivo e museu, que para me dar não consultou os seus colegas, pelo que deram sorte.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.