22 março, 2023
21 março, 2023
16 março, 2023
Nota informativa. Poço vedado em Briteiros permanece aberto à vida selvagem
Foi vedado, recentemente, um antigo poço existente na Bouça dos Galouros, em Briteiros São Salvador, propriedade da Sociedade Martins Sarmento, que se encontra arrendada à Altri Florestal desde 2020. Trata-se de um «poço de visita» a um aqueduto subterrâneo, construído possivelmente nos séculos XVIII ou XIX, que drenava água para rega, proveniente de uma ou mais minas. Ao atingir uma cota inferior, na Quinta da Cavada, o aqueduto emergia à superfície, sendo formado, a partir daí, por uma caleira apoiada em pilares de granito; é ainda hoje visível, numa extensão de cerca de 100 metros, à margem da estrada entre São Salvador e Santo Estevão de Briteiros. O poço referido, aberto em época incerta, estará na origem de estórias fantasiosas, de origem popular, sobre a existência de galerias que ligariam a Citânia de Briteiros ao Rio Ave.
Estando dissimulado pela vegetação, este poço constituía um risco para pessoas e animais, pelo que, numa primeira intervenção, a Altri Florestal cortou a vegetação e alteou o terreno circundante, formando um resguardo provisório. Ao constatar-se a presença frequente de morcegos nas imediações, sobretudo a partir do entardecer, foi solicitada ao Laboratório da Paisagem uma monitorização com detetores acústicos; verificou-se que o poço é frequentado por várias espécies, como o morcego-anão (Pipistrellus pipistrellus), mais comum e abundante, e, possivelmente, também pelo morcego-de-savi (Hypsugo savii), o morcego-de-kuhl (Pipistrellus kuhlii) e o morcego-orelhudo-cinzento (Plecotus austriacus). Estas espécies de morcegos alimentam-se de insetos voadores, desempenhando um papel ecológico de grande importância.
Deste modo, em lugar de selar o poço com uma tampa, optou-se por circundá-lo com uma rede, impedindo a aproximação de pessoas e animais, sem obstar ao uso do poço como abrigo para morcegos. Esta intervenção, promovida pela Altri Florestal, com a colaboração da Sociedade Martins Sarmento e do Laboratório da Paisagem, permitiu resolver um problema de segurança, sem afetar a presença de fauna selvagem numa área florestal.
Guimarães, 8 de março de 2023
A Direção da Sociedade Martins Sarmento
Aspeto do poço vedado na Bouça dos Galouros (Briteiros).
Aspeto da boca do poço, permitindo a entrada de morcegos.
13 março, 2023
Lançamento da 9|Revista de Guimarães Júnior | Cerimónia de entrega de prémios dos concursos de ilustração e crónica
Nasceu a 9|Revista de Guimarães Júnior!
9, porque foi pensada para ser lançada e distribuída na Festa Escolar do 9 de março; Revista de Guimarães Júnior, como complemento à centenária Revista de Guimarães, órgão científico da Sociedade Martins Sarmento. A intenção de criar uma revista infantojuvenil, que utilizasse a ilustração como base da comunicação, teve como objetivo sensibilizar o público mais jovem para a valorização e preservação do património material e imaterial.
No primeiro número apresentamos a Sociedade Martins Sarmento, a sua história, os seus espaços, as suas coleções e as suas atividades. Aproveitamos a oportunidade para homenagear Joaquim Santos Simões que nasceu há 100 anos, dando a conhecer perspetivas da sua infância, com a intenção de inspirar as novas gerações.
Uma parte fundamental da génese desta revista prende-se com a vontade de envolver a comunidade escolar na sua construção. Para tal, promovemos dois concursos (crónica e ilustração) sobre o tema Património, com a intenção de fomentar a reflexão e o interesse das novas gerações.
Esta é uma revista coordenada pelo Serviço de Mediação Cultural, que contou com a colaboração da equipa da Sociedade Martins Sarmento. Foi um projeto financiado pela Câmara Municipal de Guimarães no âmbito do Impacta. É uma revista criada para os alunos, onde damos a conhecer os trabalhos premiados nos concursos de ilustração e crónica, nas várias categorias de miúdo, júnior e graúdo. No próximo sábado, 18 de março, pelas 15h, será inaugurada a exposição dos trabalhos submetidos a concurso na Galeria de Exposições temporárias e será realizada a cerimónia de entrega dos prémios destes concursos, no Salão Nobre da Sociedade Martins Sarmento.
10 março, 2023
Exposição "Ao grande Poeta Guerra Junqueiro" | Patente até 16 de Abril
AO GRANDE POETA GUERRA JUNQUEIRO
12 MARÇO – COMEMORAÇÃO DO NASCIMENTO DE RAUL BRANDÃO
Na comemoração do nascimento de Raul Brandão, a Sociedade Martins Sarmento lembra a figura de Guerra Junqueiro, personalidade com quem o escritor da Casa do Alto manteve relações de amizade e de admiração literária e que neste ano passam 100 anos sobre a sua morte.
Guerra Junqueiro nasceu em 1850, em Freixo de Espada à Cinta, tendo-se formado em Direito, na Universidade de Coimbra, cidade onde conviveu com diversas personalidades da vida literária da época, algumas das quais figuras incontornáveis da história e da literatura portuguesa – “Geração de 70” –.
Junqueiro foi político, deputado, jornalista, prosador e poeta, sendo considerado pelos investigadores como um dos mais importantes escritores do Realismo português. A obra literária de Guerra Junqueiro, para além das expressões de caracter lírico, aborda assuntos de natureza social e moral e reflete as perceções e posições do escritor quanto à situação social e política da sociedade portuguesa da sua época, tendo contribuído para o ambiente revolucionário que levou à implantação da República.
Admirado por diversas personalidades, nacionais e internacionais, Guerra Junqueiro deixou uma marca indelével na cultura portuguesa, tendo influenciado várias gerações de pensadores e escritores. Raul Brandão, a quem o poeta escreveu a carta-prefácio da obra “Os pobres” (1906), dedicou-lhe o livro “A farsa” e nas suas “Memórias” lembra o homem, o poeta e o político que foi Guerra Junqueiro, considerado por alguns da sua geração, como o maior Poeta Social Português do séc. XIX:
“Tenho conhecido em toda a minha vida dois ou três santos e alguns homens superiores. Nunca vi mágico da força de Junqueiro. Homem extraordinário! engenho extraordinário! Às vezes Deus fala pela sua boca; outras – quando menos se espera – é o Diabo fosforescente e sarcástico… Sempre que o encontro fico atónito, tudo nele me deslumbra; o monólogo preparado, o dito repentino, a vida irreal que ele cria e produz ao lado da vida – e maior que a vida – a sua prodigiosa concepção do universo. Foi sempre assim – foi sempre imprevisto. Conheci-o profeta, com um fato velho, a prégar na Praça, e já o encontrei no Amieiro a discutir o talhe dum smoking. Vi-o também muitas vezes deixar um homem em evidência, para acompanhar um poeta desconhecido e pobre. Grande génio que só na política – era de prever – falhou quanto se pode falhar! (…)
O que me parece que em Guerra Junqueiro é único, é a corda satírica. É onde ele se sente maravilhosamente à vontade, onde é ele até às profundas do seu ser. Tão grande que não lhe conheço igual no mundo. Teixeira de Pascoais diz que Junqueiro é maior do que Juvenal.”
Raul Brandão, 1925.
Importante figura do pensamento e da cultura portuguesas da segunda metade do séc. XIX e início do séc. XX, Guerra Junqueiro faleceu no dia 7 de Julho de 1923. Em 1966, o escritor que em 1920 fora agraciado com o grau da Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, foi trasladado para o Panteão Nacional, espaço de memória e homenagem às mais destacadas personalidades da história e da cultura portuguesa.
A exposição Ao grande poeta Guerra Junqueiro, revisita a obra de Guerra Junqueiro e apresenta a figura do poeta pelo olhar de Raul Brandão, podendo ser visitada de Terça a Domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h30 às 17h30.
06 março, 2023
9 de março, Festa escolar 2023
Conferência: "O nosso fim é promover a instrução popular. A Sociedade Martins Sarmento, a alavanca da educação vimaranense no fim do séc. XIX", Rodrigo Azevedo.
Lançamento do primeiro número da 9|Revista de Guimarães Júnior.