Exposição "a coleção de Luís Bandeira | obra gráfica" - SMS - 8 NOV - 18h00
O Dr. Luís Augusto Nunes de A. Bandeira, é, na SMS, um sócio que já há muito devemos apontar como referência desta instituição, que ele sistematicamente vem reconhecendo e apoiando com a maior atenção e grande carinho. No fundo bibliográfico local, tem constituído um acervo cuidadosamente seleccionado que reúne centenas das edições mais importantes, em especial contadas da segunda metade do século XX e até aos nossos dias. Entregou também à Sociedade Martins Sarmento o espólio documental da Casa dos Peixotos, também conhecida como Casa da Pousada, em Azurém, hoje sua propriedade por sucessão de um também sócio destacado desta Casa, o Dr. José Maria de Moura Machado de cujos escritos e memórias artísticas, aliás, a SMS editará em breve um livro de homenagem cuja publicação o Dr. Luís Bandeira patrocina sendo também ele quem coligiu - com grande minúcia - o respectivo conteúdo. Mais recentemente, este nosso sócio entregou à Sociedade Martins Sarmento uma importante colecção de “obra gráfica”. A relevância desta entrada nos nossos espólios fica sublinhada com a presente exposição, a que se deu o título “A Colecção de Luís Bandeira - obra gráfica”. A colecção de Luís Bandeira é, a partir de agora, da Sociedade Martins Sarmento.
Uma parte desta coleção é composta por trabalhos publicados pela Gravura - Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (SCGP), pioneira no fomento e reabilitação da arte da gravura em Portugal no séc. XX. A Gravura foi criada em Lisboa, em 20 de Julho de 1956. A Gravura reuniu um grande número de artistas portugueses, incluindo praticamente todos os nomes então mais destacados, e, através de exposições itinerantes, levou as suas obras aos mais diversos locais do país. Na verdade, esta cooperativa foi uma das principais divulgadoras da arte moderna em Portugal, ao longo de mais de meio século.
Tendo iniciado a sua actividade em instalações improvisadas numa garagem em Algés, foi criada com a ideia inicial da prática da gravura, numa altura em que esta modalidade artística não era objecto de atenção dos meios académicos, nomeadamente das Escolas de Belas Artes, e veio a congregar artistas e intelectuais, motivados pelo espírito da partilha artística, experimentação e debate político. O proprietário da garagem era Manuel Antunes Torres, um dos sócios-fundadores da Gravura, a par de artistas como Júlio Pomar, José Júlio dos Santos (presidente da primeira Direcção), João Hogan, Alice Jorge, José Júlio dos Santos, Cipriano Dourado e Rogério Ribeiro. A sua atividade cessou em 2012.
Também responsável pela renovação do gosto pelo coleccionismo de arte, a Gravura lançou, por um sistema de “assinatura”, uma colecção de “obra gráfica”, nomeadamente, de serigrafias, que, com periodicidade regular ao longo de anos, publicou centenas de obras. Neste conjunto se incluem os trabalhos que aqui se apresentam.
Noutra parte, a coleção é proveniente das oficinas de obra gráfica da Árvore que iniciam a sua atividade em finais dos anos setenta e princípio dos anos oitenta do século XX. Desde então, a Árvore assumiu um papel de enorme importância no desenvolvimento e divulgação da Obra Gráfica em Portugal e - mais importante ainda - vem facultando aos artistas e interessados a possibilidade de poderem fazer as suas edições, aprofundar conhecimentos e desenvolver trabalho de investigação, promovendo o encontro e partilha de experiências a nível internacional. Tem ainda organizado inúmeros Workshops e outras iniciativas como exposições e debates sobre o tema da criação gráfica. Inserido neste processo de desenvolvimento e como primeira forma de divulgação, a Árvore inicia, na altura, um conjunto de edições de coleções de Obra Gráfica. Estas edições foram realizadas nas Oficinas da Árvore e agrupam-se por técnica de impressão: gravura em metal, litografia e serigrafia.
Com a doação do Dr. Luís Bandeira, ficou muito enriquecido o espólio da Sociedade Martins Sarmento constituído sob a designação genérica de “Colecção de Gravuras”, cujo núcleo fundador se deve ao próprio Martins Sarmento o qual tinha, por sua vez, doado à Sociedade um conjunto de cerca de 1.600 exemplares que ele próprio adquirira a Joaquim de Vasconcelos, figura de grande relevo no panorama da atividade cultural portuense ao longo da segunda metade do séc. XIX.
Este novo espólio reúne 103 trabalhos, quase sempre na técnica da serigrafia, todos de elevado mérito e de autores reconhecidos. Apenas por exemplo, assinalam-se trabalhos de Eduardo Nery, José de Guimarães e Bartolomeu Cid. Esta coleção de obras gráficas constitui um passo que é especialmente importante para a renovação e atualização da “Colecção de Gravuras da Sociedade Martins Sarmento” pelo que importa assinalar e agradecer de um modo especial o gesto do Dr. Luís Bandeira que, além de generosidade, revela uma consciência actuante do quanto é importante disponibilizar para estudo e divulgação pública obras relevantes no domínio da criação artística e cultural.
Uma parte desta coleção é composta por trabalhos publicados pela Gravura - Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (SCGP), pioneira no fomento e reabilitação da arte da gravura em Portugal no séc. XX. A Gravura foi criada em Lisboa, em 20 de Julho de 1956. A Gravura reuniu um grande número de artistas portugueses, incluindo praticamente todos os nomes então mais destacados, e, através de exposições itinerantes, levou as suas obras aos mais diversos locais do país. Na verdade, esta cooperativa foi uma das principais divulgadoras da arte moderna em Portugal, ao longo de mais de meio século.
Tendo iniciado a sua actividade em instalações improvisadas numa garagem em Algés, foi criada com a ideia inicial da prática da gravura, numa altura em que esta modalidade artística não era objecto de atenção dos meios académicos, nomeadamente das Escolas de Belas Artes, e veio a congregar artistas e intelectuais, motivados pelo espírito da partilha artística, experimentação e debate político. O proprietário da garagem era Manuel Antunes Torres, um dos sócios-fundadores da Gravura, a par de artistas como Júlio Pomar, José Júlio dos Santos (presidente da primeira Direcção), João Hogan, Alice Jorge, José Júlio dos Santos, Cipriano Dourado e Rogério Ribeiro. A sua atividade cessou em 2012.
Também responsável pela renovação do gosto pelo coleccionismo de arte, a Gravura lançou, por um sistema de “assinatura”, uma colecção de “obra gráfica”, nomeadamente, de serigrafias, que, com periodicidade regular ao longo de anos, publicou centenas de obras. Neste conjunto se incluem os trabalhos que aqui se apresentam.
Noutra parte, a coleção é proveniente das oficinas de obra gráfica da Árvore que iniciam a sua atividade em finais dos anos setenta e princípio dos anos oitenta do século XX. Desde então, a Árvore assumiu um papel de enorme importância no desenvolvimento e divulgação da Obra Gráfica em Portugal e - mais importante ainda - vem facultando aos artistas e interessados a possibilidade de poderem fazer as suas edições, aprofundar conhecimentos e desenvolver trabalho de investigação, promovendo o encontro e partilha de experiências a nível internacional. Tem ainda organizado inúmeros Workshops e outras iniciativas como exposições e debates sobre o tema da criação gráfica. Inserido neste processo de desenvolvimento e como primeira forma de divulgação, a Árvore inicia, na altura, um conjunto de edições de coleções de Obra Gráfica. Estas edições foram realizadas nas Oficinas da Árvore e agrupam-se por técnica de impressão: gravura em metal, litografia e serigrafia.
Com a doação do Dr. Luís Bandeira, ficou muito enriquecido o espólio da Sociedade Martins Sarmento constituído sob a designação genérica de “Colecção de Gravuras”, cujo núcleo fundador se deve ao próprio Martins Sarmento o qual tinha, por sua vez, doado à Sociedade um conjunto de cerca de 1.600 exemplares que ele próprio adquirira a Joaquim de Vasconcelos, figura de grande relevo no panorama da atividade cultural portuense ao longo da segunda metade do séc. XIX.
Este novo espólio reúne 103 trabalhos, quase sempre na técnica da serigrafia, todos de elevado mérito e de autores reconhecidos. Apenas por exemplo, assinalam-se trabalhos de Eduardo Nery, José de Guimarães e Bartolomeu Cid. Esta coleção de obras gráficas constitui um passo que é especialmente importante para a renovação e atualização da “Colecção de Gravuras da Sociedade Martins Sarmento” pelo que importa assinalar e agradecer de um modo especial o gesto do Dr. Luís Bandeira que, além de generosidade, revela uma consciência actuante do quanto é importante disponibilizar para estudo e divulgação pública obras relevantes no domínio da criação artística e cultural.
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