Reabilitação do Castro de Sabroso eleita pelo Orçamento Participativo de Guimarães
Tendo tido conhecimento do anúncio público dos resultados da votação do Orçamento Participativo de Guimarães, a Sociedade Martins Sarmento congratula-se com o facto de o projeto "Reabilitação do Castro de Sabroso" se incluir entre as propostas vencedoras, tendo ultrapassado a fasquia dos 500 votos. Os cidadãos que votaram mostraram assim o seu interesse e preocupação com a preservação do nosso ...Património Cultural, aqui representado por um monumento arqueológico notável, que aguarda há décadas a valorização necessária para lhe dar um merecido lugar de destaque na cultura vimaranense e nacional.
Para tal contribuiu a iniciativa de um cidadão, sócio da SMS, Carlos Marques, que candidatou à votação no âmbito do Orçamento Participativo um projeto que recupera parte daquele que temos preparado para reabilitação e musealização do monumento e que foi elaborado em 2013 pelos arqueólogos Gonçalo Cruz e José Antunes, tendo já merecido aprovação da Direcção Geral de Cultura. A Direção da SMS transmite assim o mais sincero agradecimento ao Sr. Carlos Marques por esta iniciativa, bem como pelos esforços que desenvolveu para divulgar e promover esta candidatura.
A SMS tem procurado, nos últimos anos, sensibilizar várias entidades quanto à necessidade de reabilitar o Castro de Sabroso, descoberto e intervencionado por Francisco Martins Sarmento em 1877/1878, parcialmente destruído em 1919, e alvo, ao longo de anos, da infestação por acácias e vários incêndios florestais. Têm sido dado passos importantes na colaboração com o Município de Guimarães, bem como com a Junta da União de Freguesias de Sande S. Lourenço e Balazar, em cujo território se encontra o monumento, e que ali tem realizado importantes trabalhos de desmatação. Também se têm realizado, desde 2015, trabalhos arqueológicos no local, em colaboração com a Universidade do Minho, procurando atualizar a informação científica sobre este interessante povoado fortificado castrejo.
Porém, o facto de a maior parte das estruturas terem sido colocadas a descoberto, até à década de 1950, sem trabalhos de restauro, juntamente com as características da vegetação invasora e os incêndios, provocaram uma considerável degradação dos vestígios arqueológicos. Uma recuperação integral destes vestígios, que se espalham por uma área de cerca de três hectares, implica um investimento significativamente maior do que aquele que o Orçamento Participativo veio possibilitar. De qualquer forma, uma aplicação apropriada desta verba será fundamental para uma intervenção de fundo, que possibilite a conservação de pontos mais sensíveis e dotar o espaço com acessibilidade e informação mínimas para a realização de visitas turístico-culturais.
Esta foi, sem dúvida, uma excelente notícia para o Castro de Sabroso e para o Património Cultural de Guimarães.
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