O Museu da Sociedade Martins Sarmento “vai” às escolas de Briteiros

No âmbito do projecto “Museu vai à Escola”, levado a cabo pela Sociedade Martins Sarmento em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães e a Casa de Sarmento, foram visitadas, até à presente data, duas das três escolas da freguesia de Briteiros que aderiram ao projecto.

A peculiaridade desta iniciativa junto das escolas da referida freguesia resulta da proximidade de um importante sítio histórico administrado pela Sociedade Martins Sarmento: a Citânia de Briteiros. A existência de um local de tal relevância condiciona a visão das crianças daquelas freguesias, não só sobre a arqueologia, como também sobre a própria figura de Martins Sarmento e o lugar que este detém como um dos pais da arqueologia nacional.

As crianças daquelas escolas primaram pelo elevado interesse e pela grande receptividade relativamente ao conhecimento da história do seu concelho e, em particular, da Citânia. As muitas perguntas colocadas indiciam isso mesmo: Onde poderiam encontrar as peças que resultaram das escavações realizadas naquele espaço? Que outros arqueólogos importantes ali estiveram? Que povos que habitaram a Citânia há milhares de anos? etc..

As hipóteses avançadas pelas crianças foram muitas, verificando-se que, no seu imaginário, se trataria de um espaço muito disputado e agitado por múltiplas guerras e batalhas pela ocupação de um território rico, cobiçado por mouros, celtas, fenícios, romanos, onde todos queriam habitar.

Esclarecidas as dúvidas e reposta a verdade, outras actividades tiveram lugar. Assim, na escola de Briteiros, onde foi montado cenário apropriado, foi representada uma peça de teatro, “O ataque dos romanos à Citânia de Briteiros”. Na escola de Barco, as crianças foram convidadas a mostrar os seus dotes artísticos e a dar largas à sua imaginação, no campo da Banda Desenhada, sobre dois temas propostos: um deles tinha a ver com a representação do quotidiano da Citânia de Briteiros, focando, designadamente, as actividades a que se dedicavam os seus habitantes, os preparativos para a guerra, os momentos de festa e confraternização, etc.; noutro, as atenções estavam viradas para a Batalha de Aljubarrota, contando os passos que conduziram a este conflito que opunha os portugueses aos castelhanos, sem esquecer a “história” da padeira.

O balanço é bastante positivo, desde logo pelo facto de as crianças terem manifestado o desejo de em breve visitarem os museus da Sociedade Martins Sarmento e o museu da cultura Castreja. Por outro lado, a vontade que muitas revelaram de seguirem as pisadas de Martins Sarmento e serem verdadeiros arqueólogos reforça a ideia de que valeu a pena apostar nesta iniciativa.