29 fevereiro, 2024

"TRAÇO CONTÍNUO" - Exposição de José Paulo Ferro

 











TRAÇO CONTÍNUO

José Paulo Ferro, NOV. 2023

A exposição de José Paulo Ferro (Alcobaça, 1955) resulta de um encontro de dois ciclos do seu trabalho que, em parte, puderam ser vistos em Guimarães em 2004 e 2009 sob os títulos “A Solidão das Árvores” e “Excuse Me While I Kiss the Sky,” na Galeria Gomes Alves. Estes trabalhos, realizados desde os anos 90 do Séc. XX, permitiram-lhe fazer agora uma espécie de arqueologia que resultou no reencontro com os desenhos que levaram à construção do contínuo que vai ser exposto na parede maior da galeria, formando uma antologia do seu trabalho de desenho nos últimos 30 anos.  

Os desenhos mais recentes, ainda céus como em 2009, mas também sofás, devem bastante às quarentenas da pandemia de Covid 19, aos isolamentos nos sofás de nossas casas e à recuperação desses outros écrans que são as janelas que, no seu caso, lhe permitiram ver tantos e tão desafiantes céus.  

Passada a pandemia entrou a Humanidade(?) numa série de guerras que lembram algumas frases dos poemas de David Byrne usadas nalguns desenhos que integrarão a exposição como: “It´s okay to be afraid” ou “the sound of gun-fire, of in the distance, I´m getting used to it now”, escritas há mais de 30 anos, mas com uma actualidade que permanece evidente e triste. 

Através do desenho, da fotografia ou da pintura José Paulo Ferro parte do que vê à sua volta para tentar recriar para os outros uma experiência da emoção que o “espectáculo do mundo” * lhe produz. O que nesta exposição chamou desenho contínuo é, afinal, um contínuo de desenhos em que a natureza, especialmente as árvores e as nuvens, alimentam o seu desejo de também criar e partilhar beleza e perfeição. 

Nas palavras do artista parafraseando David Byrne:  

“Here are the drawings that I made, were I am”. 

 

* “Sábio é o que se contenta com o espectáculo do mundo”, escreveu Ricardo Reis. 


José Paulo Ferro

José Paulo Ferro nasceu em Alcobaça em 1955. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa tendo feito o Bacharelato em Design e a Licenciatura em Artes Plásticas/ Pintura. Foi aluno e monitor do Instituto Português de Fotografia e foi professor de Artes Visuais nos ensinos básico e secundário entre 1976 e 2021.

Expõe colectivamente desde 1975 e individualmente desde 1980. Foi premiado em 1981 na “Exposição de Pintura e Desenho” da Câmara Municipal de Lisboa, em 1982 no “Salão de Primavera” do Casino Estoril, em 1989 na “I Bienal de Fotografia” de Vila Franca de Xira e no “Prémio Soctip Jovens Pintores”, em 1993 na “III Bienal de Fotografia” de V. F. de Xira e no “II Prémio Nacional de Pintura Júlio Resende” em 2004 na “Exposição/Celebração do 1650.º Aniversário do Nascimento de Santo Agostinho” e em 2020 o prémio “Salão dos Sócios” da S.N.B.A.. Ilustrou os livros “A Porta” de José Fanha, edição Quetzal, e “Saha, a Gata” de Colette, para a Colares Editora; em 2013 publicou o livro de fotografia “Roll Over, Adeus Anos 70” na Sistema Solar com o apoio da Fundação EDP.
Participou, como artista plástico, nas equipas vencedoras dos concursos para os hospitais de Ponta Delgada e Santa Maria da Feira integrado no atelier de arquitectura Aripa; concebeu ainda tratamentos murais para os hospitais de Penafiel e Tomar em colaboração com o mesmo atelier.
Em 1999, por proposta do Studio Milou Architecture, realizou em Paris duas litografias para o novo espaço cultural da Mairie de Niort. Em 2001, foi seleccionado para aquisição pelo júri da “VII Mostra Unión Fenosa”, passando a integrar a colecção do M.A.C.U.F.. Está representado em diversas colecções particulares e públicas como as do Hospital de Alcobaça, da C. M. de Vila Franca de Xira,  do antigo Banco de Fomento,  da Caixa Geral de Depósitos, da Portugal Telecom, ou do Instituto Camões.

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22 fevereiro, 2024

"A transformação da cidade industrial: Bilbao perante os desafios do século XXI"








 

 
 
 
 
No dia 21 de fevereiro, pelas 18h00, realizou-se um debate sobre "A transformação da cidade industrial: Bilbao perante os desafios do século XXI", na Sociedade Martins Sarmento, que contou com a presença dos Professores da Universidade do País Basco (UPV/EHU): Manuel González Portilla e Josu Perez.
A partir do último terço do século XIX, Bilbao e a sua área metropolitana sofreram um intenso processo de industrialização. Durante o século XX, esta região tornou-se o principal centro industrial do país. A exploração mineira, a siderurgia, a navegação, etc., foram algumas das principais atividades económicas que transformaram a zona envolvente num protótipo de paisagem industrial. No entanto, desde o final do século XX, face a diferentes problemas económicos, a cidade de Bilbao sofreu um importante processo de transformação. Atualmente, o sector terciário e o turismo são atividades fundamentais numa cidade mais ecológica e aberta ao futuro. O passeio ao longo da ria de Bilbao é o melhor exemplo desta grande transformação.
Manuel González Portilla – Professor Catedrático de História Contemporânea na Universidade do País Basco. Ao nível da gestão, ocupou vários cargos: Vice-Reitor de Estudantes e Extensão Universitária (1981-1983), Decano da Faculdade de Ciências, Ciências Sociais e Comunicação (1987-1990), Diretor do Departamento de História Contemporânea (1990-1999), Diretor da Revista de História Contemporânea, Codiretor do Programa de Doutoramento. Atualmente é Investigador Principal do Grupo de Demografia Histórica e História Urbana do Sistema Universitário Basco.
Josu Hernando Perez - Professor na UPV/EHU, no Departamento de Medicina Preventiva e Saúde Pública, onde leciona disciplinas relacionadas com a História da Medicina. É investigador do Museu Basco de História da Medicina. É membro do grupo de investigação de História Urbana. Grupo de investigação População e Património. É doutorado em História Contemporânea pela UPV/EHU. Realizou também estágios de formação e investigação noutras universidades europeias: Universidade de Copenhaga e Universidade Complutense de Madrid.
Organização: Sociedade Martins Sarmento e Casa de Sarmento
Evento integrado na programação do Bairro C

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01 fevereiro, 2024

Inauguração da exposição Traço Contínuo de José Paulo Ferro - 23 de fevereiro - 18h00 na Galeria de exposições da SMS


 TRAÇO CONTÍNUO

José Paulo Ferro, NOV. 2023

A exposição de José Paulo Ferro (Alcobaça, 1955) resulta de um encontro de dois ciclos do seu trabalho que, em parte, puderam ser vistos em Guimarães em 2004 e 2009 sob os títulos “A Solidão das Árvores” e “Excuse Me While I Kiss the Sky,” na Galeria Gomes Alves. Estes trabalhos, realizados desde os anos 90 do Séc. XX, permitiram-lhe fazer agora uma espécie de arqueologia que resultou no reencontro com os desenhos que levaram à construção do contínuo que vai ser exposto na parede maior da galeria, formando uma antologia do seu trabalho de desenho nos últimos 30 anos.  

Os desenhos mais recentes, ainda céus como em 2009, mas também sofás, devem bastante às quarentenas da pandemia de Covid 19, aos isolamentos nos sofás de nossas casas e à recuperação desses outros écrans que são as janelas que, no seu caso, lhe permitiram ver tantos e tão desafiantes céus.  

Passada a pandemia entrou a Humanidade(?) numa série de guerras que lembram algumas frases dos poemas de David Byrne usadas nalguns desenhos que integrarão a exposição como: “It´s okay to be afraid” ou “the sound of gun-fire, of in the distance, I´m getting used to it now”, escritas há mais de 30 anos, mas com uma actualidade que permanece evidente e triste. 

Através do desenho, da fotografia ou da pintura José Paulo Ferro parte do que vê à sua volta para tentar recriar para os outros uma experiência da emoção que o “espectáculo do mundo” * lhe produz. O que nesta exposição chamou desenho contínuo é, afinal, um contínuo de desenhos em que a natureza, especialmente as árvores e as nuvens, alimentam o seu desejo de também criar e partilhar beleza e perfeição. 

Nas palavras do artista parafraseando David Byrne:  

“Here are the drawings that I made, were I am”. 

 

* “Sábio é o que se contenta com o espectáculo do mundo”, escreveu Ricardo Reis. 


José Paulo Ferro

José Paulo Ferro nasceu em Alcobaça em 1955. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa tendo feito o Bacharelato em Design e a Licenciatura em Artes Plásticas/ Pintura. Foi aluno e monitor do Instituto Português de Fotografia e foi professor de Artes Visuais nos ensinos básico e secundário entre 1976 e 2021.

Expõe colectivamente desde 1975 e individualmente desde 1980. Foi premiado em 1981 na “Exposição de Pintura e Desenho” da Câmara Municipal de Lisboa, em 1982 no “Salão de Primavera” do Casino Estoril, em 1989 na “I Bienal de Fotografia” de Vila Franca de Xira e no “Prémio Soctip Jovens Pintores”, em 1993 na “III Bienal de Fotografia” de V. F. de Xira e no “II Prémio Nacional de Pintura Júlio Resende” em 2004 na “Exposição/Celebração do 1650.º Aniversário do Nascimento de Santo Agostinho” e em 2020 o prémio “Salão dos Sócios” da S.N.B.A.. Ilustrou os livros “A Porta” de José Fanha, edição Quetzal, e “Saha, a Gata” de Colette, para a Colares Editora; em 2013 publicou o livro de fotografia “Roll Over, Adeus Anos 70” na Sistema Solar com o apoio da Fundação EDP.
Participou, como artista plástico, nas equipas vencedoras dos concursos para os hospitais de Ponta Delgada e Santa Maria da Feira integrado no atelier de arquitectura Aripa; concebeu ainda tratamentos murais para os hospitais de Penafiel e Tomar em colaboração com o mesmo atelier.
Em 1999, por proposta do Studio Milou Architecture, realizou em Paris duas litografias para o novo espaço cultural da Mairie de Niort. Em 2001, foi seleccionado para aquisição pelo júri da “VII Mostra Unión Fenosa”, passando a integrar a colecção do M.A.C.U.F.. Está representado em diversas colecções particulares e públicas como as do Hospital de Alcobaça, da C. M. de Vila Franca de Xira,  do antigo Banco de Fomento,  da Caixa Geral de Depósitos, da Portugal Telecom, ou do Instituto Camões.

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