Aniversário da Sociedade Martins Sarmento - 141 anos
No próximo dia 19 de novembro, pelas 16h30, a Sociedade Martins Sarmento comemora 141 anos de existência, no Salão Nobre da Instituição. Do programa da sessão constará uma conferência proferida pelo Professor José Manuel Lopes Cordeiro, intitulada “Foi a independência do Brasil uma consequência da revolução de 1820?” e a apresentação do retrato do Conselheiro João Baptista Felgueiras, da autoria de A. Roquemont, que recentemente foi objeto de restauro.
O restauro do retrato do Conselheiro João Baptista Felgueiras, de A. Roquemont
O suporte têxtil em linho apresentava-se em bom estado de conservação, mostrando-se pontualmente fragilizado ou com perda de elasticidade. Era percetível a presença de vincos, em função da presença da grade assim como pequenas lacunas de tela.
Ao nível da camada pictórica surge como patologia mais generalizada os craquelês, pequenas fendas que se produziram pelo envelhecimento da superfície pictórica. Eram percetíveis sujidades aderentes, superficiais, contribuindo para o escurecimento da superfície pictórica.
Os tratamentos efetuados na obra foram essencialmente a fixação da camada pictórica, seguindo-se o desengradamento da tela, para posterior substituição do bastidor. A tela foi submetida a uma limpeza mecânica (reverso) e química (anverso) para recuperar o equilíbrio estético. Todas as lacunas foram colmatadas e reintegradas, finalizando com a camada de proteção.
João Baptista Felgueiras (1787-1848)
João Baptista Felgueiras nasceu a 6 de abril de 1787, na Quinta de Cedofeita, na freguesia de S. Miguel do Castelo, em Guimarães. Frequentou a Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito em 1809.
João Baptista Felgueiras nasceu a 6 de abril de 1787, na Quinta de Cedofeita, na freguesia de S. Miguel do Castelo, em Guimarães. Frequentou a Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito em 1809.
Iniciou a sua carreira como juiz de fora em Celorico da Beira e Lamego, desempenhando, mais tarde, as funções de Desembargador do Tribunal da Relação do Porto. Em 1821 foi deputado às Cortes Constituintes, tendo sido eleito, por aclamação, para desempenhar funções de secretário.
As suas posições liberais, não favoreceram a sua carreira durante o período miguelista. Com a vitória liberal, foi nomeado, em 1833, Procurador-Geral da Coroa e Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.
Faleceu em Lisboa, em 13 de março de 1848.
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