Coleção de Arqueologia da SMS | Lucerna romana recolhida na Citânia
Francisco Martins Sarmento, 23 de Julho de 1879 (do diário de campo)
A única lucerna romana inteira que apareceu na Citânia de Briteiros, mostra a particularidade de conservar uma marca exterior, no fundo da peça, alusiva à municipalidade de cidade de Bracara Augusta, onde a lucerna foi fabricada.
Lê-se, assim:
L·V·/ BM
(ex oficina) LV(creti) / (ex) B(racarum) M(unicipio)
"Oficina de Lucrécio, do Município de Bracara"
Do lado direito, uma fotografia da marca do oleiro no fundo da peça.
As lucernas, geralmente fabricadas em argila mas, por vezes, em metal ou vidro, eram usadas na iluminação. Ainda que o uso de pequenos contentores onde se queimavam gorduras remonte ao período pré-histórico, a técnica de fabrico de lucernas a partir de moldes bivalves remonta, na Itália, ao século III a.C., sob influência grega. Esta técnica permitiu, desde então, um fabrico em série. No Noroeste da Península, o fabrico local de lucernas verificou-se a partir da primeira metade do século I d. C.
As lucernas são constituídas por diversas partes: o reservatório (infundibulum), onde se colocava o combustível; o disco (discus), superfície superior, plana ou côncava, frequentemente decorada; o bico (rostrum), onde se colocava a mecha; a asa (ansa). O(s) orifício(s) de alimentação abria(m)-se no disco. Houve, no Império Romano, considerável comércio de lucernas, por vezes exportadas para lugares muito distantes do respetivo local de fabrico; mas houve também muitos fabricos locais em diversas províncias do Império.
Inicialmente como produto importado, depois como cultivo, o azeite, combustível mais utilizado nas lucernas, foi introduzido no Noroeste da Península Ibérica pelos Romanos, alterando um conjunto de hábitos culturais, nomeadamente a nível da alimentação.
Interpretação técnica e epigráfica de Rui Morais.
A única lucerna romana inteira que apareceu na Citânia de Briteiros, mostra a particularidade de conservar uma marca exterior, no fundo da peça, alusiva à municipalidade de cidade de Bracara Augusta, onde a lucerna foi fabricada.
Lê-se, assim:
L·V·/ BM
(ex oficina) LV(creti) / (ex) B(racarum) M(unicipio)
"Oficina de Lucrécio, do Município de Bracara"
Do lado direito, uma fotografia da marca do oleiro no fundo da peça.
As lucernas, geralmente fabricadas em argila mas, por vezes, em metal ou vidro, eram usadas na iluminação. Ainda que o uso de pequenos contentores onde se queimavam gorduras remonte ao período pré-histórico, a técnica de fabrico de lucernas a partir de moldes bivalves remonta, na Itália, ao século III a.C., sob influência grega. Esta técnica permitiu, desde então, um fabrico em série. No Noroeste da Península, o fabrico local de lucernas verificou-se a partir da primeira metade do século I d. C.
As lucernas são constituídas por diversas partes: o reservatório (infundibulum), onde se colocava o combustível; o disco (discus), superfície superior, plana ou côncava, frequentemente decorada; o bico (rostrum), onde se colocava a mecha; a asa (ansa). O(s) orifício(s) de alimentação abria(m)-se no disco. Houve, no Império Romano, considerável comércio de lucernas, por vezes exportadas para lugares muito distantes do respetivo local de fabrico; mas houve também muitos fabricos locais em diversas províncias do Império.
Inicialmente como produto importado, depois como cultivo, o azeite, combustível mais utilizado nas lucernas, foi introduzido no Noroeste da Península Ibérica pelos Romanos, alterando um conjunto de hábitos culturais, nomeadamente a nível da alimentação.
Interpretação técnica e epigráfica de Rui Morais.
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