«O homem volta-se para a geometria como as plantas se voltam para o sol: é a mesma necessidade de clareza e todas as culturas foram iluminadas pela geometria, cujas formas despertam no espírito um sentimento de exactidão e de evidência absoluta.» Nadir Afonso
No programa “Ciclo dos Grandes Pintores”, a Sociedade Martins Sarmento visa divulgar e promover perspectivas múltiplas sobre a arte contemporânea. Exposições contam-se já as dos Mestres Júlio Resende e José Rodrigues e agora trazemos Mestre Nadir Afonso. Nesta exposição podemos contemplar um conjunto de telas cuidadosamente seleccionadas pela Fundação Nadir Afonso, por períodos, decénios e estudos dando-nos a possibilidade de conhecer melhor o seu trajecto.
Nadir Afonso, artista impar do pensamento e da arte Portuguesa do século XX. A sinceridade, a modéstia, a obstinação, a acutilância, a generosidade, a sabedoria, orientaram-o ao longo de uma vida de experiencias e sucessos. Nasceu em Chaves a 4 de Dezembro de 1920, morreu a 11 de Dezembro de 2013. Nadir Afonso fez o curso de arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Curiosamente, dizia que nunca se sentiu arquitecto, quando só alguém notável nesta área poderia ter, como ele teve, o privilégio de trabalhar com os melhores do mundo – primeiro em França, com Le Corbusier (1948-1951), depois no Brasil com Óscar Niemeyer (1952-1954). No entanto, nada desviou Nadir da sua total propensão para pintar nem da certeza de que as leis que regem a Pintura e a Arquitectura são diferentes. Além de materializada nos seus trabalhos plásticos, essa tomada de consciência passou a ser catalisadora de uma extensa obra teórica. Como artista, procurou incessantemente as essências e o absoluto, tentando surpreender na harmonia geométrica o reflexo da ordem primordial do Universo.
Nadir Afonso está representado em vários museus Portugueses e Estrangeiros, nomeadamente no Centre George Pompidou, Paris, França; Colecção Berardo de Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal; Caixa Geral de Depósitos, Lisboa, Portugal; CitiBank, Nova Iorque, EUA; JP Morgan Chase, Nova Iorque, EUA; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Fundação Millennium BCP, Lisboa, Portugal; Museu de Arte Moderna de S. Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal; Museum im Kulturspeicher, Würzburg, Alemanha; Szépmüvészeti Múzeum, Budapeste, Hungria.
Inauguração І 25 de Julho de 2014 às 18h30 Patente І até 14 de Outubro de 2014 Horário І de Terça a Domingo das 10h às 12h30 e das 14h30 às 17h30. Entrada Livre.
Ao longo do corrente mês de Julho, a Sociedade Martins Sarmento
promove escavações arqueológicas na Citânia de Briteiros, realizadas em
cooperação com a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. Depois
de uma série de campanhas anuais, entre 2004 e 2010, os trabalhos arqueológicos, com fins estritamente científicos, foram retomados em 2014.
Recordamos que a Citânia de Briteiros foi primeiramente explorada por
Francisco Martins Sarmento entre 1874 (data da aquisição da maior parte
dos terrenos pelos quais se estende o povoado fortificado) e 1883. Em
1910, a Citânia, já à guarda da Sociedade Martins Sarmento, foi
classificada como Monumento Nacional. Entre 1930 e 1961, seria alvo de
campanhas anuais de escavação e restauro, dirigidas por Mário Cardozo.
No entanto, apenas em 1977 se realizou no monumento a primeira sondagem
arqueológica obedecendo aos métodos de escavação definidos pela moderna
Arqueologia Científica, promovida pela Universidade do Porto. O âmbito
dos conhecimentos, particularmente de faseamento cronológico, eram muito
parcelares e indefinidos, mormente a existência de uma área escavada de
7 hectares de impressionantes ruínas do povoado pré-romano. Só a partir
de 2004, através de uma estreita colaboração entre a SMS e a
Universidade do Minho, foi possível realizar escavações que têm desde
então alimentado todos os suportes interpretativos do monumento e todas
as questões que nos surgem, de um público cada vez mais específico e
informado.
A campanha que se realiza por estes dias na Citânia
retomou a escavação das valas de sondagem abertas em 2009 e 2010, que
serão concluídas este ano, além de alguns trabalhos de manutenção
necessários. Sete estudantes de Arqueologia, nomeadamente 6 alunos da
Universidade do Minho, em estágio prático, e um aluno da Universidade de
Barcelona, acompanham os Drs. Gonçalo Cruz (arqueólogo da SMS) e José
Antunes, numa intervenção projetada e coordenada por Gonçalo Cruz e pela
Professora Doutora Maria Manuela Martins, da Universidade do Minho. O
Doutor Francisco Sande Lemos, membro do Conselho Científico da SMS,
presta assessoria científica a esta intervenção.
As sondagens
presentemente em escavação incidem numa unidade habitacional denominada
"de tipo domus", a qual terá sido edificada e habitada entre finais do
século I a. C. e inícios do século I da nossa Era e terá pertencido a um
certo Auscus, conforme a epígrafe recolhida em 2009 no mesmo espaço.
A Sociedade Martins Sarmento convida todos os potenciais interessados a
visitar a área das sondagens arqueológicas no próximo dia 23 de Julho,
pelas 18h30m. Poderão assim visitar a área onde decorrem os trabalhos e
contactar com a equipa de Arqueologia que se encontra a trabalhar no
local.
As escavações arqueológicas na Citânia de Briteiros contam com o apoio da Universidade do Minho e da Casa do Povo de Briteiros.
DUAS COMUNIDADES DE BRÁCAROS, NOS FINAIS DO SÉCULO II ANTES DE CRISTO, ENCONTRAM-SE NA CITÂNIA DE BRITEIROS PARA HONRAR E SACRIFICAR AOS DEUSES, PRESIDIDOS PELO VALOROSO CÂMALO E SEU CONSELHO DE NOTÁVEIS. DOIS CONVIDADOS IMPROVÁVEIS NESTA REGIÃO, O LUSITANO VIRIATO E O ROMANO QUINTO SERVÍLIO CIPIÃO, "VIAJAM" ATÉ AO NOROESTE DA PENÍNSULA E ENCONTRAM-SE, OCASIONALMENTE, DURANTE ESTE SYMPOSIUM. MAIS TARDE, UM FASCINADO FRANCISCO MARTINS SARMENTO E UM INCRÉDULO CAMILO CASTELO BRANCO PRESENCIAM UMA HISTÓRIA MILENAR, POR ENTRE AS RUÍNAS DA CITÂNIA.
Na sua 9ª edição, a recriação história Citânia Viva, na Citânia de Briteiros, dará voz a várias personagens históricas, encarnadas por atores e figurantes de Guimarães, Póvoa de Lanhoso e Braga. Além da representação de diferentes momentos, a partir das 18 horas, os visitantes poderão jantar na Citânia, num serviço que estará disponível ao longo de toda a duração do evento.
Uma realização da Casa do Povo de Briteiros e da Sociedade Martins Sarmento, produzida pela Casa do Povo de Briteiros, com o patrocínio da Câmara Municipal de Guimarães e da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Encenação de Bruno Laborinho.
12 DE JULHO DE 2014 | A PARTIR DAS 18 HORAS | CITÂNIA DE BRITEIROS | GUIMARÃES
ENTRADA GRATUITA
Informações adicionais:
253 478 952 | 253 576 602
citania@msarmento.org | casadopovo.briteiros@gmail.com
Sociedade Martins Sarmento
Ter-Sex 09.30-12.00 | 14.00-17.00
Sab-Dom 10.00-12.00 | 14.00-17.00
Encerrada às segundas feiras e feriados.
Citânia de Briteiros
9.00-18.00 (Verão)
9.00-17.00 (Inverno)
Encerrada a 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e domingo de Páscoa.
Museu da Cultura Castreja
9.30-12.30/14.00-18.00 (Verão)
9.30-12.30/14.00-17.00 (Inverno)
Encerrado a 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e domingo de Páscoa.
CITÂNIA DE BRITEIROS E MUSEU DA CULTURA CASTREJA
Localização
Guimarães, freguesia de
Briteiros, S. Salvador
Citânia de Briteiros
41º 31' 35'' N
8º 18' 55'' W
Museu da Cultura Castreja
41º 31' 13'' N
8º 19' 31'' W
Marcação de visitas
A marcação de visitas para a Citânia de Briteiros deverá ser feita pelo o telefone 253 478 952 ou pelo email citania@msarmento.org